-  Atualizado 17/02/2010

Mi Acapulco querida

Publicado por: Silvia Oliveira Acapulco
Longe do glamour dos anos 50, Acapulco já não atrai tantos astros de Hollywood como antigamente. Não tem a fama de Cancún, tampouco as relíquias de Chichén Itzá. Mas foi aqui que começou a minha viagem pelo México, no mesmo lugar onde John e Jacqueline Kennedy desfrutaram sua lua-de-mel. Hoje, o chic em esticar uns dias na eterna Pérola do Pacífico (adoro esses slogans cafonas) é justamente a nostalgia dos tempos áureos.
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O penhasco La Quebrada, imortalizado nos filmes de Elvis Presley, continua sendo o ponto turístico mais visitado da cidade. Com 38 metros de altura, é do alto deste morro – às margens do oceano – que os famosos (e loucos!) mergulhadores de Acapulco saltam para desaparecer numa garganta de águas revoltas. Depois de alguns segundos embaixo d’água ressurgem para receber os aplausos assustados da fiel platéia amontoada no mirante. Nenhuma foto que tirei em La Quebrada prestou. O espetáculo acontece à noite e foi no tempo em que máquina digital era coisa dos Jetsons.
O Forte de San Diego, na parte mais alta da cidade, registra que o sucesso da cidade não remonta somente há 50 anos. Desde a época da colonização espanhola, Acapulco já seduzia piratas que chegavam pelo Pacífico. O Forte foi construído para evitar os saques, já que o porto era uma das rotas do comércio de especiarias entre Espanha e China. A cem metros do Forte está o recém-inaugurado Museu de Máscaras, que conta um pouco da história dos índios que viviam aqui antes da conquista.
No mais, Acapulco vai ser sempre muito sol e mar. Com muita sorte você até pode dar de cara com Silvester Stallone na famosa praia de Revolcadero ou ainda ouvir Julio Iglesias cantando em alguma casa noturna da avenida Costera Miguel Alemán. Ambos têm casas na cidade. Está certo que o primeiro não é Johnny Weissmuller (o inesquecível Tarzan) que agitava por aqui no auge do sucesso e Iglesias pode não ser um Sinatra. Mas não importa. Os tempos mudaram e os artistas também. E é essa capacidade de adaptação que faz de Acapulco única na glamourosa história dos balneários do Pacífico.
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Fotos: Matraca´s Image Bank