Gramado: roteiro de três dias
* Post atualizado em março de 2016
Sim, é tudo isso que você viu na TV, nas revistas especializadas e nos panfletos de divulgação: chocolates, fondue, folhas de plátano, gente chique, vitrines caras, comida de primeira, café colonial, muito frio, casinhas enxaimel. Todos os estereótipos de Gramado são confirmados num passeio rápido pela Av. Borges de Medeiros, no centrinho.
Lembra muito, mas muito mesmo um pedacinho da Europa. Com apenas 32 mil habitantes, a cidade consegue ferver o ano inteiro por conta das festas típicas, dos casais em lua-de-mel, da paisagem, do Festival de Cinema, do Natal Luz e da boa gastronomia que oferece.
A pouco mais de uma hora de Porto Alegre, Gramado é destino de fim de semana para muitos gaúchos e turistas de outros estados. Faz parte da Rota Romântica e está a 110 quilômetros de Bento Gonçalves, de onde saem os tours pelo Vale dos Vinhedos. Sem falar que apenas uma rua separa Gramado da cidade de Canela, onde está localizado o Parque do Caracol.
Ponto importante: a hospitalidade dos gramadenses. Uma coisa é você ser bem tratado no hotel, no restaurante, nas lojas. Outra coisa é você ser muuuito bem tratado por onde quer que vá. Todos são muito solícitos, generosos e atentos.
Se você tem um fim de semana em Gramado é melhor dividir o roteiro em três partes: gastronômico, museus temáticos e parques. Ou apenas eleger um deles. Caso prefira o gastronômico, prepare-se para enfiar o pé na jaca (de tanto comer) e a mão no bolso. A cidade tem diversos lugares para todos os gostos: comida italiana, suíça, por quilo, contemporânea e galeterias.
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Quase sempre os restaurantes badalados são os mais caros, mas há opções que ajudam a evitar que você use o penhor da Caixa para pagar as contas na volta.
Sem carro a coisa complica. Mas não é impossível. Afinal a gente percorre tantos lugares no mundo a pé, de ônibus, de metrô e sempre chega. Caso você vá desmotorizado pegue a charmosinha Jardineira das Hortênsias ou o Ônibus Hop On Hop Off – ambos percorrem diversos pontos turísticos da cidade.
A vantagem é que fazendo esses passeios você terá noção das distâncias entre alguns cartões-postais como o Lago Negro e a o centro, onde está a Rua Coberta, o centrinho nevrálgico de Gramado. Depois você pode voltar aos pontos que mais interessaram com os coletivos municipais ou de táxi.
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Então, como sugestão, divida seu tempo assim:
O QUE FAZER EM GRAMADO | 1º dia
– Faça uma caminhada pela Av. Borges de Medeiros. É a melhor maneira para introduzir Gramado. Você decifra um pouco o estilo da cidade. É só ir e vir. As principais lojas de chocolates, roupas, galerias, restaurantes e bistrôs (como a Casa da Velha Bruxa do chocolate Prawer) estão aqui. Está cheia de árvores com folhas de plátanos que durante o outono ficam alaranjadas.
– Ainda na Borges de Medeiros visite a Igreja de São Pedro, que está ao lado do palácio do Festival de Cinema de Gramado – que por sua vez fica em frente à Rua Coberta, uma espécie de espaço gastronômico ao ar livre, mas com um teto de folhagens como proteção. Você mata um monte de coelho em um quarteirão só.
– Caso esteja sem carro, dê uma geralzão no lugar com a Jardineira das Hortênsias. Custa R$ 19,00 por pessoa. Saídas às 10h, 12h, 14h e 16h. O passeio dura uma hora e meia. Já o Hop On Hop Off de Gramado são ônibus vermelhos panorâmicos de dois andares que circulam entre 28 atrações de Gramado e Canela, parando em todas elas. No sistema Hop On/Hop Off o embarque e desembarque são livres, você sobe e desce quantas vezes quiser. Custa a partir de R$ 60 (um dia) e R$ 90 (dois dias).
– Dê uma esticada ao Le Jardin: o primeiro parque de lavandas do Brasil. A florada acontece de setembro a novembro, mas mesmo fora de época é um agradável passeio.
– Para economizar almoce no Ita Brasil (Rua São Pedro, nº 1004. Tel. 54 328633). O restaurante oferece buffet a quilo (R$ 41,90) ou livre (R$ 19 durante a semana e R$ 23 nos fins de semana) Para o jantar, o clássico da cidade: sequencia de fondue no Carlito’s, a partir de R$ 34,90 por pessoa.
O QUE FAZER EM GRAMADO | 2º dia
– Conheça o Lago Negro, que oferece margens decoradas com árvores importadas da Floresta Negra da Alemanha. No verão existe o contraste com o azul das hortênsias. O passeio clássico ali dentro é andar nos pedalinhos (pagos à parte). Funciona das 8h30 às 19h. Passe uma manhã sossegada aqui. Entrada grátis.
– Quase em frente ao Lago Negro, está a Alemanha Encantada, construção temática que imita uma pequena vila medieval alemã inspirada nos contos dos irmãos Grimm. Toda a ambientação — arquitetura, decoração, música — lembra uma perfeita vila germânica e leva o visitante a este universo lúdico dos clássicos infantis. A principal atração é a Torre da Princesa com 20 metros de altura. O nome faz uma referência a uma das fábulas dos Irmãos Grimm: Rapunzel e suas tranças. Você pode subir ao topo (R$ 8) por meio de um elevador panorâmico. O local tem um restaurante típico com cervejas artesanais.
– Depois do almoço no restaurante Trattoria del Corso – que serve um prático buffet a quilo com comida caseira – vá conhecer o Mini Mundo. É um universo imaginário e criativo, onde mostra réplicas de castelos, ferrovias, moinhos, praças, igrejas, estaleiros, teleféricos, torres, lagos, cascatas e casas típicas.
– Se você quiser investir num café colonial aposte no Otto Bar. Um delicioso e requintado chá da tarde é servido no restaurante do Hotel Ritta Höppner, um cinco estrelas dos mesmos donos do Mini Mundo. A sequência de guloseimas inclui tortas (prove o clássico apfelstrudel), bolos, salgados, pãezinhos, pastinhas e bebidas quentes. Os quitutes são servidos na mesa em suportes de três andares e repostos quantas vezes você quiser. Custa R$ 45 por pessoa.
– Termine seu dia no Parque Knorr, que abriga a Aldeia do Papai Noel. Um local para crianças, mas os adultos também vão adorar. Tem a Árvore dos Desejos, o Chalé dos Ursos, Fábrica de Brinquedos, além da primeira casa da região em estilo bávaro, datada de 1940, toda decorada com motivos natalinos – onde, claro, hoje mora o Papai Noel. A aldeia esta aberta o ano inteiro.
– Tá podendo? Vá jantar no Belle du Valais – considerado um dos melhores restaurantes suíços do Brasil. Nós não fomos, mas o Diego dos Destemperados esteve lá e conta tudo aqui. Um casal, tomando vinho, gasta – em média – R$ 300,00. Ou invista no tradicional galeto no restaurante Mamma Mia. Nós fomos e adoramos!
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O QUE FAZER EM GRAMADO | 3º dia
– De carro vá pela Av. das Hortênsias (também chamada de Estrada Gramado-Canela) e visite O Reino do Chocolate, um espaço temático da fábrica Caracol que conta a história do cacau e tem um café com uma vista maravilhosa para o Vale do Quilombo. Funciona todos os dias das 8h às 22h. O ingresso custa R$ 10.
– Na mesma avenida estão os museus do Automóvel, do Perfume ou Museu de Cera. O primeiro traz uma linda exposição de carros antigos. Já o segundo exibe, entre outras curiosidades, 450 frascos – como o Violeta di Parma – criado especialmente para Maria Luigia, esposa de Napoleão Bonaparte. O Museu de Cera traz réplicas de artistas internacionais. Achei meio brega, mas não deixa de ser divertido!
– Dali parta para o Parque do Caracol, em Canela — cidade a 7 quilômetros de Gramado. Lá você encontra a Cascata do Caracol que despenca 131 metros em queda livre. Há ainda trilhas ecológicas, lojinhas de artesanato, um mirante e uma escadaria com 927 degraus que leva à base da cascata. Adultos pagam R$ 18,00. Não aceita cartões, somente dinheiro. Funciona das 8h30 às 17h30. Na volta, coma o melhor Apfelstrudel do Brasil no Castelinho Caracol, um mistura de museu e casa de chá.
– Depois de ter deixado até a ceroula no Belle du Valais coma um delicioso Tagliatelle a Quatro Queijos com Iscas de Mignon por R$ 25,00 por pessoa no Sabor de Frutas – café e restaurante que fica na Rua Coberta (Rua Madre Verônica, nº 47, loja 125. Telefone: 54 3286.4714). Ou desfrute um saboroso pastel no Pasteleiro, lanchonete temática onde tudo faz referência ao cinema, uma alusão a um dos maiores festivais do gênero que acontece na cidade.
Caso você tenha mais do que três dias:
– Conheça o deslumbrante Templo Budista de Três Coroas, a 30 quilômetros de Gramado.
– Estando com crianças, dê uma passadinha no novo zoológico da cidade, onde a fauna é 100% brasileira.
– Visite a Mina de Gramado e Museu de Pedras Preciosas, uma réplica de uma mina com direito a museu no fim do tour com mais de 800 exemplares de pedras preciosas do Brasil e do mundo.
Acredite: mesmo com este roteiro apertado fica muita coisa para trás. Mas Gramado é cidade para voltar. Venha. Faça tudo do seu jeito e no seu ritmo. O gostinho de quero mais sempre vai ficar.
*Todos os valores foram atualizados em março de 2016.
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